Alta taxa de juros é principal motivo de preocupação dos empresários

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O setor industrial brasileiro, tem como maior preocupação a elevada taxa de juros. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em sua Nota Econômica 25 divulgada na semana passada, os empresários do setor industrial nunca estiveram tão preocupados com os juros como estão agora.

A taxa básica de juros do país saiu de 2% ao ano para 13,25% sob o comando de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes na Economia. Para o setor industrial, a política econômica de aperto fiscal e monetário é ruim por diversos fatores. Primeiro, trava os investimentos à medida que encarece o crédito. Segundo, reprimem a demanda por bens industriais. Com a indústria em frangalhos, a situação é ainda mais preocupante.

O resultado da aceleração da taxa de juros foi um golpe na indústria, que já enfrentava a falta de insumos, os preços dolarizados, a inflação acelerada e um mercado asfixiado pelo arrocho na renda e o desemprego.

Sob efeitos dos juros altos, no terceiro trimestre o PIB a indústria de transformação parou (+0,1%) e a produção industrial seguiu estagnada em outubro.

De acordo com a CNI, entre os principais problemas observados pelo setor, os juros foram mencionados por 24,2% dos entrevistados. Juros altos ocupavam a 13ª posição no ranking de principais entraves para a indústria de transformação há um ano – agora, subiu para quarto lugar.

“Dos 24 setores da indústria de transformação avaliados, 13 afirmam que o problema de taxas de juros elevadas está entre os cinco principais desafios”, aponta a nota da CNI. Entre eles, está a indústria de Biocombustíveis, que precisa de investimentos para se desenvolver: mais da metade das empresas do setor considera esse o principal problema. No setor Produtos de material plástico, os juros aparecem em primeiro lugar, com 36,8% dos industriais entrevistados preocupados.

A taxa de juros também se destaca como problema importante nos setores de alimentos; calçados e partes; celulose e papel; madeira; máquinas e equipamentos; máquinas e materiais elétricos; metalurgia; produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal; produtos de metal; vestuário e acessórios; e têxteis. 

Outras preocupações mencionadas no levantamento foram a falta ou o alto custo de matéria-prima, apontada por 39,4%. Em segundo e terceiro lugar estão: elevada carga tributária (34,2%) e demanda insuficiente (24,3%). Além disso, a falta de mão de obra qualificada também aparece na pesquisa como uma preocupação crescente: 16,5% dos empresários. 

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