Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), maus perdedores, violentos e antidemocráticos, realizaram uma arruaça em frente ao hotel em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado em Brasília.
Com bandeiras à mão e gritos insanos de guerra, os manifestantes trajavam verde e amarelo, questionaram o resultado das eleições, pediram golpe militar e bravatearam que o petista eleito não subirá a rampa do Palácio do Planalto em 1º de janeiro.
Eles estão desolados, pois não esperavam que seu candidato perdesse a eleição, a despeito da grande engrenagem, ilegal e bilionária montada dentro e fora do governo para que Bolsonaro fosse reeleito.
Os manifestantes pediam a intervenção das Forças Armadas, que é inconstitucional, e disseram que vão dormir em frente ao hotel. O policiamento foi reforçado no local.
Houve princípio de briga entre os manifestantes e apoiadores de Lula que passaram pelo local.
“Se for preciso a gente acampa, mas o ladrão não sobe a rampa” e “ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil” são os gritos de ordem mais ouvidos proferidos pelos bolsonaristas extremistas, em delírios psicóticos, que está demorando a passar.
Eles estão desde o dia 30 de outubro, quando Bolsonaro perdeu as eleições, em segundo turno, fazendo esse tipo manifestação raivosa e violenta.
Entre os manifestantes estava o bolsonarista Oswaldo Eustáquio, blogueiro preso por determinação de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), durante as investigações do inquérito dos atos antidemocráticos.
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, a manifestação durou cerca de meia hora, e se dispersou por volta das 19h, quando a polícia reforçou a segurança em volta do hotel onde está hospedado Lula, com cerca de 30 policiais militares.
No mesmo hotel, mais cedo, Lula recebeu os enviados do presidente norte-americano, Joe Biden, o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o diretor sênior para assuntos do Hemisfério Ocidental, Juan Gonzalez.
Os militares que estiveram com Bolsonaro, na segunda-feira (5), disseram que “a ficha caiu”. Foi num almoço que os militares traduziram o choro do presidente durante cerimônia de promoção de oficiais da Marinha. Sim, Bolsonaro chorou durante o evento da Marinha, em Brasília.
Porém os militares não se referem à derrota eleitoral. Essa, parece que o chefe do Executivo já assimilou. O que Bolsonaro percebeu é que os militares não irão embarcar com ele, em nenhuma aventura golpista e antidemocrática, como ele gostaria.
Os militares, das três forças, assimilaram a vitória de Lula e não irão se associar ao presidente em qualquer projeto de tumulto antidemocrático, de contestação do resultado das eleições a bloqueios na posse do presidente eleito Lula, em 1º de janeiro de 2021.
Na cerimônia de segunda-feira, ficou claro que, se bolsonaristas quiserem fazer qualquer coisa que não seja seguir a Constituição de 1988, vai ser projeto solo.
Durante o evento com os militares, Bolsonaro não viu nenhuma sinalização de que teria respaldo da caserna para qualquer aventura golpista. Isolado, entrou mudo e saiu praticamente calado do evento.
“Bolsonaro está diferente dele mesmo. Não interagiu, não brincou. Não me lembro nos últimos 4 anos de vê-lo introspectivo assim”, comentou um militar que esteve no evento.