No último sábado (19) voluntários de diversas organizações municipais se juntaram na “ilha” localizada entre a rua Nove de Julho e a avenida Tancredo Neves, região central de Marília, para coletar assinaturas para um abaixo assinado contra a concessão do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem).
Walter de Freitas, presidente da Oscip Marília Transparente (Matra), disse que o objetivo da ação é reunir o maior número possível de assinaturas para tentar evitar que o Daem deixe de ser público.
“Não estamos dizendo com esse movimento que está tudo certo com o Daem ou que não sabemos que uma boa parte da população sofre com problemas no abastecimento de água. O que pretendemos é mostrar que com uma boa gestão, com responsabilidade na administração do Departamento, dá para oferecer um serviço de excelente qualidade com um custo menor para a população”, afirmou Freitas.
Embora os investimentos necessários sejam elevados para garantir a captação, o tratamento e a distribuição de água para toda a população, além da coleta e o tratamento do esgoto, com planejamento e uma boa gestão, para o Matra é possível realizar as adequações dentro do prazo estabelecido no Marco Regulatório do Saneamento Básico, sem precisar conceder ou privatizar o Daem.
Ainda de acordo com a entidade, a concessão certamente representará aumento na conta de água para a população, indústria e comércio local.
“Esperamos que o prefeito respeite a vontade popular de que o Daem continue sob a gestão do município ou pelo menos acate a ideia de convocar uma nova audiência pública, em local e horário apropriados para ouvir de fato o cidadão e analisar com mais clareza essa famigerada concessão”, diz Darcy Bueno da Silva, presidente da Sociedade Comunitária dos Amigos e Moradores do Prolongamento Palmital.
Outras sete entidades de moradores, além da Matra e da Associação de Moradores do Palmital, distribuiram folhas do abaixo-assinado por toda a cidade.
