Preço da gasolina continua em disparada, desmascarando medida eleitoreira

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Pela quarta semana seguida, subiu o preço médio do litro do combustível vendido nos postos do Brasil desmascarando uma das principais farsas encampadas pela gestão Bolsonaro para segurar a inflação este ano. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), ‘caiu por terra mais uma mentira’ do atual governo. “A alta dos preços desmascara mais uma medida eleitoreira do governo. Adotaram medidas temporárias para dar uma falsa impressão de que a inflação estava controlada. Agora o povo está vendo na prática como tudo não passou de ilusão”, afirmou o parlamentar.

O preço médio do litro de gasolina avançou de R$ 4,91 para R$ 4,98 na semana de 30 de outubro a 5 de novembro. Também subiu o valor do litro do etanol hidratado, passando de R$ 3,63 para R$ 3,70.

Mesmo após o governo Bolsonaro ter adotado uma série de medidas para conter os preços eles continuam em alta. Entre as medidas, zerar os impostos federais da gasolina e do álcool até o final do ano, além de limitar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por estados e o DF após a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022.

O projeto obrigou as unidades da federação a adotarem um teto da cobrança do ICMS sobre itens como diesel e gasolina. Segundo o texto, esses combustíveis passaram a ser classificados como essenciais, impedindo a cobrança de taxa superior à alíquota geral, que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, combustíveis eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.

Além disso, a Petrobras vinha promovendo sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias.

As medidas para conter o aumento constante dos preços dos combustíveis surtiram efeito imediato na inflação. No mês de setembro, por exemplo, o país registrou uma queda no índice de 0,29%. Com o aumento nos preços dos combustíveis, no entanto, o resultado falso vai sendo desmascarado: os números de outubro mostram nova tendência de alta, de 0,16%, na prévia.

Até o meio do ano, antes das medidas eleitoreiras serem adotadas, os índices de inflação no país disparavam. Em junho, por exemplo, estava em ritmo acelerado e registrou alta de 0,69%. Até aquele momento, o acumulado era de incríveis 11,89% em doze meses.

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