Os ex-ministros da Defesa Celso Amorim e Nelson Jobim, receberam um pedido do presidente eleito Lula (PT), para que busquem informações sobre os oficiais mais antigos e graduados das três Forças Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica.
O objetivo do novo presidente é escolher os novos comandantes para atuar em seu governo dele.
Para assumir o comando de uma das Forças, o militar precisa ter sido formado na turma mais antiga ainda em ativa e estar no topo da carreira. Quando alguém mais novo é nomeado, os mais velhos passam para a reserva.
Os atuais generais de 4 estrelas tem boa avaliação entre os ex-ministros próximos de Lula. A avaliação é de que, aqueles que tinham resistência ao político petista já estão na política. Dessa forma, os que continuam nas forças são considerados legalistas.
Lula indicou durante a campanha, que diminuiria a presença de militares em cargos do poder Executivo. O presidente em exercício, Jair Bolsonaro (PL), aumentou o número de representantes do grupo na gestão.
Em abril deste ano, período de pré-campanha, o petista disse que demitiria até 8 mil militares de cargos comissionados, se fosse eleito.
Apesar da promessa de campanha, a demissão precisa ser feita com cautela e justificativa, já que Lula tem receio de criar uma revolta entre os militares.
Um segundo ponto são os projetos caros ao governo que estão nas mãos das Forças Armadas, como a proposta de um submarino nuclear, que segue na Marinha.
Além disso, durante os governos do PT, houve resistência de alguns oficiais da Marinha em dar continuidade ao projeto. Ao grupo, interessava mais usar os recursos na compra de navios.