Orçamento deve ser aprovado por PT até dezembro com reajuste do salário mínimo e auxílio de R$600

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O PT planeja aprovar o Orçamento e 2023 em menos de dois meses e começar a governar já com o aval ao aumento de despesas para pagar promessas de campanha Lula.

A intenção é, já a partir de janeiro, manter o valor do Auxílio Brasil em R$600 e também o promover o aumento real (acima da inflação) do salário mínimo.

O PT quer dar um aumento superior à inflação para o salário mínimo, como promete Lula, em substituição à política de Bolsonaro, mas alguns economistas chegaram a estudar implementar esse ganho apenas em 1º de maio, Dia do Trabalhador (em vez de 1º de janeiro), o que faria o custo da União com a medida ser de R$ 3,9 bilhões.

Essa medida reduziria o impacto nos gastos públicos. Porém a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, garantiu que a ideia é começar o ano já com o aumento real do salário mínimo (o que eleva a fatura para R$ 6 bilhões).

Wellington Dias (PT), ex-governador e senador eleito , concedeu nesta quarta (2) uma entrevista ao canal GloboNews onde confirmou que o reajuste real do salário deve ficar em torno de 1,3% ou 1,4% (o que deve elevar o mínimo para ao menos R$ 1.307 em 2023).

O projeto de Orçamento de Bolsonaro prevê um aumento do salário mínimo de R$ 1.302 em 2023, valor que considera só o reajuste pela inflação, estimada em 7,41% na época do envio do projeto.

No entanto, como o INPC tem desacelerado, a correção da inflação deve ficar abaixo desse patamar (a projeção oficial mais recente é que índice termine 2022 em 6,54%).

A aprovação do Orçamento é o primeiro teste da articulação política do governo de Lula. Antes de assumir a presidência da República, o petista e a equipe de transição vão tentar costurar com o Congresso uma solução para encaixar os gastos na peça orçamentária do próximo ano.

“O Congresso atual vai ter boa vontade. O povo decidiu nas urnas que quer ter o Auxílio em R$ 600 e que quer ter aumento real do salário mínimo. O presidente Bolsonaro também prometeu isso. Então não acho que teremos dificuldades em aprovar isso até dezembro”, disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

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