Manifestantes bloqueiam rodovia com pneus em chamas e professora é impedida de chegar a trabalho

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Uma professora foi impedida de ir ao trabalho após manifestantes bloquearem a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), próximo ao quilômetro 524, com pneus em chamas, em Tupa.

O protesto ocorreu na tarde desta segunda-feira (31). Ieda Borges, de 56 anos, contou que trabalha como professora em Adamantina e leva cerca de uma hora e 15 minutos para chegar à cidade pela rodovia. Por isso, saiu de casa por volta das 16h30, com o objetivo de ministrar a aula às 19h20.

Na rodovia, encontrou com os manifestantes exaltados que protestavam contra o resultado das urnas, após a derrota do candidato Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a professora, no local, apenas ambulâncias e veículos com idosos ou crianças são autorizados a passar.

“São intolerantes, não estão abertos ao diálogo e agressivos na fala. Tentamos falar com um policial, mas ele disse que poderíamos passar. Só não garantia a nossa volta para nossa cidade. Os manifestantes jogaram bambu na pista para impedir o retorno”, lembra.

Segundo Ieda, o sentimento no momento é de frustração e tristeza. “Enquanto cidadã brasileira, o sentimento é de tristeza, nós temos o direito de ir e vir, mas eu não consegui fazer meu trabalho. Estamos prejudicados por um grupo de pessoas intolerantes. Não imaginei que isso fosse acontecer”, comenta.

Ainda com esperança de ir ao trabalho, a professora explicou que tentou dialogar com um manifestante, que informou que só parariam o protesto após o discurso de Jair Bolsonaro e com a intimação da Justiça.

A professora ainda disse que conseguiu retornar com destino a Marília, onde mora, antes de os manifestantes jogarem os bambus na pista.

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