Bolsonaro manteve o salário mínimo sem nenhum aumento real durante quatro anos e, nos últimos dias da campanha, passou a prometer aumento real do salário no ano que vem.
Dois foram os motivos para ele inventar mais essa mentira e fazer demagogia com os trabalhadores. O primeiro foi o vazamento, na semana passada, do plano de Guedes de desvincular o reajuste do salário mínimo da inflação a partir de 2023.
Isso significa redução de salários e de aposentadorias. Segundo levantamento realizado pela Tendência Consultoria, 80 milhões de pessoas vivem de salário mínimo no Brasil e serão atingidos por essa proposta.
Milhões de trabalhadores vão ser diretamente prejudicados. Aposentados vão ver seus parcos rendimentos reduzidos ano a ano ao serem corrigidos abaixo da inflação. O deputado André Janones (Avante-MG) foi o primeiro oposicionista a denunciar a medida. Imediatamente Bolsonaro montou uma encenação e fingiu um desmentido de Guedes. O “plano” era para ser anunciado apenas depois das eleições.
Como vazou tudo e o governo de Bolsonaro foi desmascarado, o presidente passou a mentir dizendo que haverá reajuste acima da inflação no ano que vem.
Só que na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada por ele mesmo ao Congresso Nacional, não tem previsão de reajuste nenhum acima da inflação. É a mesma mentira que ele conta também sobre o auxílio de R$ 600. Ele diz que vai manter esse valor, mas na LDO o estipulado é um auxílio de R$ 400.