O candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), encontra-se com a ampla vantagem sobre Fernando Haddad (PT) nas pesquisas de intenção de voto para a segundo turno das eleições pra o governo do estado de São Paulo.
De acordo com levantamento divulgado na quarta-feira (19), Tarcísio se encontra com 49% das intenções de voto enquanto Haddad com 40%.
A campanha de Tarcísio está tomada por um clima de otimismo e já começa a discutir nos bastidores a formação de governo.
Enquanto isso, Haddad busca a virada e foca sua atuação na Grande São Paulo, onde o partido tem historicamente bom retrospecto.
Embora tenha evitado até o momento se comprometer com promessas de cargos a aliados, Tarcísio já olha para 2023.
Há debates, por exemplo, entre PL, Republicanos e PSDB, sobre quem deve ficar com a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), hoje ocupada pelo tucano Carlos Pignatari, que deverá buscar a reeleição. O PL de Valdemar Costa Neto, que tem a maior bancada, porém, pleiteia o posto.
Quanto ao secretariado, o ex-ministro da Infraestrutura já declarou que deverá ter o coordenador do plano de governo, Guilherme Afif Domingos, no primeiro escalão.
Outros nomes citados publicamente são Eleuses Paiva, para a Saúde, e Rafael Benini, cotado para a área da infraestrutura. Em entrevista a um podcast semana passada, Tarcísio citou Rosana Valle como “uma grande possibilidade”, alguém que “com certeza” estará no secretariado.
Apesar de já terem mencionado alguns nomes, inclusive publicamente, o candidato e seus coordenadores negam o clima de “já ganhou” e dizem trabalhar para ampliar a vantagem eleitoral no estado, especialmente em regiões onde Haddad venceu no primeiro turno, casos da capital e da Região Metropolitana.
O candidato vai intensificar esforços para conquistar votos na Grande São Paulo, com a realização de eventos. Aliados apostam que a máquina pode ajudar a virar o jogo tanto para Tarcísio como para Bolsonaro. Os prefeitos de Guarulhos, Gustavo Costa (PSD); São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB); e Santo André, Paulo Henrique Serra (PSDB), são vistos como vitais para uma possível virada na Região Metropolitana.