O caso aconteceu no último domingo (18), a cerca de 700 km de Belo Horizonte, em Cachoeira de Pajeú, Minas Gerais. Um adolescente de 16 anos matou e estuprou friamente uma menina de 11 anos.
A menina, Suzana Rocha Silva, foi dada como desaparecida no sábado, após ter saído de casa para ir à igreja. De acordo com o pai da menina, havia um casamento comunitário na cidade e todos tinham se mobilizado para ir ao local.
O jovem foi detido e apontado como principal suspeito de ter estuprado e matado a menina. Ele foi conduzido à Delegacia de Plantão em Pedra Azul e confessou o crime.
Ainda de acordo com o pai da vítima, Gilliard Pereira da Silva, o adolescente teria sorrido ao prestar depoimento e admitir o homicídio.
“Sabe quando a pessoa confirma sem remorso nenhum? No depoimento dele, ele estava rindo e sorria quando falava que estuprou e matou a minha filha, na maior crueldade” disse o pai da menina.
“A gente descobriu que ela tinha um namoradinho e que esse menino gostava dela, mas ela não queria ele. Por esse motivo, ele a matou. Deu uma paulada na cabeça dela, enforcou e estuprou” completou o pai.
O pai ainda disse: “Até o prefeito estava lá (no casamento) ajudando. A cidade se mobilizou para ir à igreja e, no meio do caminho, ele fez isso. Mas, antes, ele já tinha feito várias ameaças a ela pelo telefone. Disse que ia espalhar fotos e a matar se ela não ficasse com ele”.
Em nota, a Polícia Civil informou que os celulares do menino e da vítima foram apreendidos, bem como o veículo utilizado no crime.
O pai de Suzana trabalhava a 220 km de distância da menina, mas conta que fazia planos de “organizar as coisas” para que ela morasse com ele, pois segundo ele era uma vontade da filha.
Apesar disso, ele conta que, por morar em uma cidade pequena, todos se conheciam na região. O adolescente teria, inclusive, ido à casa do irmão dele dias antes de cometer o crime.
“Eu só ia para a cidade dela nos fins de semana. Estava indo em direção à cidade para que ela fosse morar comigo. Surgiram problemas no caminho, não deu para chegar a tempo e aconteceu isso” explicou o pai, que ainda precisou reconhecer o corpo da menina.
“Eu fui à cena do crime ver a minha filha e não a toquei. Só vi o corpinho dela no chão.” Lamentou.
Quando a família da criança a procurava, eles chegaram a ir na casa do adolescente para perguntar se ele sabia o que havia acontecido com ela. Segundo o pai dela, o jovem “jurou” que não tinha conhecimento do paradeiro de Suzana.
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, o suspeito também teria negado o envolvimento com o crime, mas depois confessou a autoria do crime.
O corpo da menina foi encontrado com sinais de violência sexual e de esganadura. Já o jovem foi apreendido em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio e é investigado pela prática de estupro de vulnerável.
O Ministério Público de Minas Gerais deu, na tarde de segunda-feira, um parecer favorável pela internação provisória do suspeito.
“Isso é para outros pais tomarem cuidado com os filhos. Celular é uma coisa muito boa, mas isso atrapalha a vida da criança. Foi pelo celular que eles mantinham contato e isso tudo aconteceu. Por mais que a gente monitore, as mentes são muito maldosas. Na correria, não conseguimos ficar 24h vigiando a criança.” disse o pai da vítima.