Na última quinta-feira (25), um menino de 7 anos levou um choque elétrico e sofreu ferimentos quando estava brincando em casa, após um fio clandestino cair no quintal, na comunidade dos Coquinhos, em Cajueiro Seco, Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife.
A criança, João Lucas Callado da Silva, passou dois dias internado no hospital com queimaduras, e recebeu alta, depois de os médicos afastarem o risco de perda de um dos dedos da mão direita.
“Fiquei desesperada. Meu filho poderia estar morto. É uma situação que desejo pra ninguém: ver seu filho todo se tremendo por causa de choque”, contou a mãe de João Lucas, Brígida Barbosa.
Brígida disse que o menino estava brincando no quintal de casa, por volta das 13h de quinta-feira (25), quando ocorreu o acidente. Ela ainda disse que estava na residência, usando o ferro de passar, quando o aparelho parou de funcionar.
“Pensei que tinha faltado energia. Não dei muita importância. De repente, escutei o grito dele”, contou.
Brígida disse que ao chegar ao quintal viu o filho com a mão direita agarrada ao fio, que estava ligado direto ao poste.
Depois dos primeiros-socorros, a família levou o garoto para o Hospital Jaboatão Prazeres, que fica em Cajueiro Seco.
Por causa da gravidade da queimadura no dedo mindinho, a criança foi transferida para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, região central do Recife.
No HR, João Lucas tomou três unidades de soro para abaixar a voltagem da corrente que circulava pelo corpo, relata Brígida. Ele passou por exames de sangue e de urina, mas não precisou se submeter a cirurgias.
O menino teve alta no sábado (27), com a condição de que a mãe o leve a cada dois dias ao HR para trocar os curativos. Nas redes sociais, a mãe agradeceu as orações que o filho recebeu.
“Deus, obrigada pelo livramento. Só tenho que te agradecer por sempre estar comigo, protegendo meu filho”, escreveu.
Em nota, a Neoenergia Pernambuco, concessionária do setor energético no estado, disse que enviou uma equipe ao local e constatou que a rede elétrica “permanece normal, dentro dos padrões”. A companhia disse, ainda, não ter relação com o episódio.
“A Neoenergia reforçou, por meio da nota, que fazer ligação clandestina é crime e coloca em risco a vida da população”.