O coronel da Polícia Militar (PM) Dhaubian Braga Brauioto Barbosa teve mais um pedido de liberdade negado pela Justiça de Marília.
Dhaubian foi preso após ser acusado de assassinar a tiros o ajudante Daniel Ricardo Silva, de 37 anos, em um motel de sua propriedade nas margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294).
Seu advogado, Aryldo de Oliveira de Paula, requereu a revogação da prisão preventiva por excesso de prazo argumentando que existem diligências pendentes e a demora na conclusão dos laudos periciais configura constrangimento ilegal.
Porém, o juiz da 2ª Vara Criminal de Marília, Paulo Gustavo Ferrari indeferiu a solicitação e justificou em sua decisão a demora na conclusão da instrução processual pela complexidade das diligências solicitadas e também necessidade de informações prestadas por terceiros.
“Cuida-se de processo complexo, de homicídio duplamente qualificado, com diversas perícias solicitadas pela defesa a serem confluíras, o que implica em maior tempo para a prática dos atos judiciais”, afirmou o juiz.
O coronel permanece recolhido no presídio militar Romão Gomes, na capital paulista, com a decisão, e deve ser indiciado pelo crime de homicídio qualificado, podendo pegar uma pena de até 30 anos de prisão em regime fechado.
O juiz ainda pediu no despacho urgência para que a Polícia Civil envie o relatório da simulação do crime, complementação do laudo perinecroscópico, exame de confronto genético e resultado da perícia no aparelho celular.
Também requereu o cumprimento do pedido de quebra do sigilo telemático da vítima e da ex-mulher do coronel. “Oficie-se ao Google e Hotmail solicitando informações sobre a troca de e-mails entre os usuários apontados, entre os meses de maio de 2021 até 31 de outubro de 2021, e a apresentação do conteúdo em caso positivo no prazo de dez dias”, disse.