Na última semana, as imagens de leões da Fundação Black Jaguar-White Tiger em Tlalpan, na Cidade do México, provocaram indignação internacional.
Os vídeos mostram alguns animais com o rabo decepado e conforme a denúncia, feita por entidades e atores, os felinos estavam famintos e vinham comendo os próprios corpos para matar a fome.
O ator mexicano Arturo Islas Allende foi um dos denunciantes, ele ajudou a divulgar a agonia dos leões, chamando o tratamento do zoológico “holocausto”. As imagens são fortes.
Nos vídeos pode se ver os animais magros e caminhando sem forças, em gaiolas pequenas e com feridas no corpo. Sem comida, alguns deles comeram o próprio rabo. Uma ex-funcionária do estabelecimento, Yael Ruiz, denunciou a fundação para as autoridades e relatou a situação dos bichos.
Eduardo Mauricio Moises Serio, que é dono da fundação, também está sendo investigado por vender e criar ilegalmente filhotes de leão, tigre, onça e leopardo. O local está sob o controle das autoridades e o proprietário está foragido.
As autoridades da Cidade do México informaram ao ator que veterinários vão resgatar e cuidar dos animais sobreviventes. “A fundação não tinha os documentos corretos ou licenças legais, a realidade é que era completamente clandestina”, disse o Allende.
Desde que se iniciaram as buscas, inspetores encontraram buracos no chão com o que eles acreditam ser os ossos e restos mortais de mais de 200 grandes felinos.
A fundação tinha em seus objetivos “resgatar animais de condições adversas em criadouros e circos”. A denuncia também foi feita a Procuradoria Federal de Proteção Ambiental (PROFEPA).