Um estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostrou que a cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas pela entidade.
Na cidade de São Paulo, dos 13 itens da cesta básica, 12 registraram alta. Batata e tomate, foram os produtos que mais subiram, em relação a março.
O leite integral e o óleo de soja são os próximos itens com maior aumento.
São Paulo é a capital onde se paga mais pelos produtos da cesta básica, que custa pelo menos R$ 804, correspondendo a 71% do salário-mínimo.
Após a compra da cesta básica, sobram apenas R$ 408 para o paulistano que ganha um salário passar o resto do mês.
Nos últimos 12 meses, enquanto a prévia IPCA acumulou alta de 12%, a inflação da cesta básica subiu muito mais.
Campo Grande acumula a maior alta: quase 30%. Seguido por São Paulo, Curitiba, Brasília e Salvador, todas com alta de mais de 25%.
O aumento descontrolado está ligado, sobretudo, a oferta de alimentos no mercado brasileiro.
“Eu diria que essa é uma das grandes questões desde o início da pandemia. O Brasil tem batido recordes de exportação tanto da soja, como do milho, da carne bovina, enquanto isso, internamente, você tem uma oferta menor, o que incentiva isso é a taxa de câmbio no patamar que ela está, que favorece as exportações”, explica a especialista do Dieese.