JORNALISTA É MANTIDA TRÊS DIAS EM CÁRCERE PRIVADO E É TORTURADA POR NAMORADO

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No dia 26 de abril a jornalista Luka Dias, de 37 anos, foi aprisionada pelo namorado que a torturou por três dias até que ela conseguisse escapar. O crime aconteceu no Rio de Janeiro.

Ela teria descido nove andares de escada, após ter sido agredida por três dias com cassetete e soco-inglês, o que lhe provocou traumatismo craniano e fratura na mandíbula.

Na quarta-feira (4) o criminoso foi preso e indiciado por tentativa de feminicídio, estupro, cárcere privado e tortura.

Na tarde da quinta-feira (5), o juiz Pedro Ivo Martins Caruso D’Ippolito manteve a prisão temporária de Fred Henrique Lima Moreira, durante audiência na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte da cidade.

De acordo com a investigação, a jornalista manteve um relacionamento com Fred por oito meses, período em que ele já demonstrava um perfil violento e manipulador.

Ele também já teria a agredido em 31 de dezembro do ano passado.

No dia 26 de abril, Fred começou a ofendê-la com acusações de infidelidade e depois passou a golpeá-la com o cassetete nas pernas, costas e cabeça.

Na manhã seguinte, ao acordar, Luka tentou gritar por socorro e acabou recebendo um mata-leão. Isso aconteceu pelo menos três vezes.

Fred ainda puxou o cabelo da vítima e a arremessou no solo, dando golpes em sua cabeça até que ela desmaiasse.

Na última sexta-feira, ela conseguiu deixar o apartamento e procurar a delegacia.

“Tive que reconstruir meu maxilar e ainda estou muito deformada, mas graças a Deus não corro mais risco de vida. Agora, o que eu posso dizer para as mulheres é: tenham coragem! A vida é muito linda e vale muito a pena enfrentar os nossos agressores. Somos muito mais fortes do que pensamos: basta acreditarmos nessa nossa força e no trabalho da polícia, que foi extremamente ágil, eficiente e cuidadosa. Não somos o sexo frágil, somos o sexo forte, somos imbatíveis! Apesar de a minha família ter desmoronado com tudo que aconteceu, sobrevivi a uma agressão física e a um abuso mental. Hoje, tenho a certeza de que sou uma sobrevivente” relatou Luka Dias.

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