DISPUTAS ENTRE ALAS DISTINTAS DA IGREJA UNIVERSAL EM ANGOLA PROVOCA CONFLITOS ENVOLVENDO A POLÍCIA

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A igreja liderada pelo bispo brasileiro Edir Macedo passa por uma tormenta no país africano há dois anos e meio. Existe uma disputa entre duas alas da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola que vem provocando confrontos entre fiéis e a polícia local.

Os fiéis pró-Macedo, rivalizam com lideranças religiosas locais. Eles se mantiveram em vigília durante 24 horas por mais de uma semana em protesto contra a decisão do Estado angolano de manter os templos fechados devido a brigas e processos contra a Universal na Justiça.

Dentre os fiéis que realizavam a vigília, estavam muitas mulheres idosas, que passaram a noite em frente aos templos.

Os fiéis foram detidos e durante o tumulto, quatro pessoas ficaram feridas, quando a Polícia Nacional Angolana tentou retirar fiéis favoráveis a Macedo que ocupavam a catedral do Maculusso, em Luanda, na madrugada da quarta-feira (20).

Devido à batalha judicial, cerca de 100 templos da Universal em Angola foram interditados por autoridades do país.

“Os pastores têm partilhado áudios nas redes sociais, motivando os fiéis a deslocarem-se nesses templos para praticarem a violência com objetivo de retornar os cultos”, disse o diretor de Comunicação Institucional da Polícia Nacional em Luanda, Nestor Goubel.

A polícia ainda disse que religiosos reabriram os templos de forma ilegal. A ala brasileira teria decidido retomar as igrejas por conta própria e, por isso, a polícia foi chamada, havendo o confronto.

O diretor-geral adjunto do Inar, Ambrósio Micolo, disse que hoje já não existem alas na Igreja Universal, mas sim uma direção reconhecida e não teria sido ela a reabrir os templos ilegalmente. “Existe uma direção legitimada pelo governo angolano e que vai receber os templos a serem entregues pelo Inar. O Inar apenas aguarda a notificação do tribunal”, informou. “Os fiéis devem manter a calma, que será reposta a legalidade”.

Em um vídeo nas redes sociais, o bispo Alberto Segunda, o líder da igreja de acordo com a ala brasileira, disse que seus seguidores estão sendo “injustiçados e perseguidos”.

Em nota divulgada na sexta-feira (22/04), o bispo Segunda afirma ainda que a igreja não tem qualquer relação com incitação de atos de violência, seja “direta ou indiretamente”.

A nota prossegue afirmando que há uma “perseguição feroz por um grupo de indivíduos que buscam a qualquer custo atingir seus objetivos escusos”, mas que “nunca iremos compactuar com qualquer ato de resistência violenta”.

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