CASO DE MENINA DE 11 ANOS SUPOSTAMENTE ESPANCADA ATÉ A MORTE PELA MÃE SEGUE SENDO INVESTIGADO

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Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de 11 anos, foi morta com socos e chutes na quarta-feira (13) em Timbó, Vale do Itajaí.

O corpo de bombeiros foi acionado na madrugada da quinta-feira (14), e quando chegou encontrou a menina já sem vida. Ela foi levada para o hospital onde uma médica constatou a morte.

De acordo com a mãe da menina, ela não percebeu que a filha estava morrendo ou morta. Por volta da meia noite ela teria percebido que a filha estava com a respiração fraca e pediu para o marido chamar os bombeiros. Ela ainda teria relatado a polícia que deu banho e colocou a menina para dormir após agredi-la.

No sábado (16), a mãe foi presa temporariamente. O padrasto da menina também foi detido. Ele tem passagens na polícia por violência doméstica, dano, lesão corporal, estelionato e posse de drogas. Ainda não se sabe se ele está envolvido no crime ou se apenas é culpado por omissão em chamar socorro.

A primeira versão dada pelo casal à polícia foi de que a menina teria caído de uma escada ao tentar resgatar um gato. Porém a polícia encontrou vestígios de sangue em roupas masculinas, uma fronha, toalha, no sofá e no quarto da criança.

Ao serem confrontados, o homem ficou calado e a mãe da menina assumiu ter agredido a filha.

As agressões ocorreram na quarta-feira (13), segundo estimativa da polícia.

“Segundo o que foi dito, a criança saiu de casa supostamente para ir à padaria. Ela demorou para retornar e voltou sem pão nenhum, o que teria despertado desconfianças na mãe, que entendeu que ela tinha se relacionado com alguma espécie de namoradinho”, disse o delegado.

Ele disse ainda que a mãe achava Luna muito nova para namorar.

“Isso despertou nela a ira, ela não aceitava esse tipo de relacionamento em razão da idade da menina, que é muito nova, e acabou batendo nela até o momento em que ela veio a óbito”.

Luna morava com a mãe, o padastro e dois irmãos, um bebê de 9 meses e uma menina de 6 anos. As outras crianças estavam em casa no momento das agressões, mas não se sabe se presenciaram o crime. 

A polícia quer descobrir o que ocorreu das 22h até a chegada dos bombeiros, depois da meia-noite.

Não foi possível precisar a hora da morte da criança. Porém, de acordo com as informações médicas, a polícia acredita que a menina já havia morrido três ou quatro horas antes da chegada dos bombeiros.

O delegado aguarda agora o resultado delaudos da perícia para ter mais informações para a investigação. A polícia quer descobrir se houve violação sexual da vítima e quem teria cometido e se a menina já havia sido agredida antes.

A polícia também espera pelo exame do local do crime.

“Todas as alegações da mãe serão verificadas”, resumiu o delegado. Os policiais também querem descobrir se a menina foi ou não à padaria.

Segundo o delegado, a vítima e a irmã de 6 anos não foram à escola no mês de abril e mãe disse que o motivo seria o namorado da filha. A intenção dela era mudar as duas da escola.

O pai biológico de Luna ainda não foi ouvido pela polícia, mas teria relatado que a última vez que viu a filha foi no dia 2 de março, quando fez uma festa de aniversário para ela.

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