Após o Carnaval a Polícia Civil deve concluir o inquérito e indiciar o delegado da Polícia Federal Renato Pagotto Carnaz por três crimes relacionados a um acidente de trânsito em que se envolveu em dezembro do ano passado, em Brasília.
O delegado dirigia em alta velocidade e provocou o acidente, deixando duas vítimas feridas. Além disso ele não teria parado para prestar socorro.
Um motorista de aplicativo e uma usuária que passavam pelo local seguiram e filmaram o carro do delegado até ele entrar na sede da superintendência da PF.
Pagotto perdeu o cargo de chefe da Delegacia de Repressão a Drogas da PF de Brasília. O órgão também abriu um inquérito criminal e uma sindicância disciplinar para apurar o caso.
O acidente foi provocado porque o delegado estaria em alta velocidade na faixa esquerda da via e não conseguiu para quando o carro desacelerou por causa de um radar.
A colisão fez com que o veículo da frente perdesse o controle e atravessasse para a pista oposta, se chocando com outro veículo.
As filmagens produzidas pelo motorista de aplicativo foram entregues à familiares das vítimas. A Polícia Civil então foi até a superintendência da PF, mas Pagotto não estava lá. O carro, porém, uma Dodge Ram estava estacionada no pátio com as marcas da batida.
A placa do carro, porém não era a mesma, Pagotto já havia trocado a placa. Apesar de ser comum viaturas descaracterizadas terem mais de uma placa, naquele momento, Pagotto teria feito isso para dificultar a identificação do veículo.
Pagotto deve ser indiciado pelos crimes de lesão corporal culposa e evasão do local do acidente, com penas não superam dois anos de detenção, salvo agravantes como a troca da placa do veículo.
A investigação pode resultar num Processo Administrativo Disciplinar com penas que vão de advertência a demissão do serviço público.