Desde o início da a pandemia da Covid-19, mais de 530 mil pessoas morreram no Brasil, o desemprego aumentou e a renda dos trabalhadores declinou em 45,6%, segundo pesquisa do Instituto DataFolha.
As políticas econômicas do governo federal, têm servido para aumentar a pobreza e a miséria no país, resultando na volta do país voltou ao mapa da fome.
O quadro que já era ruim fica ainda pior, o setor de alimento, nos últimos 12 meses, foi o que registrou a maior alta. Ficou entre 20% e 40% desde o início da pandemia. Hoje, a inflação oficial está um pouco acima de 10%.
“A crise de saúde ressaltou a desigualdade de renda. Entre os mais pobres, aqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (ou R$ 2.200, em valores de 2021), 54% relatam que a situação financeira se deteriorou”, destaca a pesquisa.
A alta nos preços dos alimentos e o desemprego acarretaram em uma queda aguda no poder aquisitivo dos mais vulneráveis, o que levou ao aumento da fome e da miséria no Brasil.
Nos últimos 12 meses, momento em que os alimentos dispararam 20%, a renda real familiar per capita o trabalho na metade mais pobre despencou 18%, de R$ 210 mensais para R$ 172.
Na última sexta-feira (29) o Programa Bolsa Família realizou o pagamento de sua última parcela, e o Auxílio Brasil, programa do governo Bolsonaro que visa substituir o Bolsa Família, ainda está cercado de incertezas quanto a sua viabilidade.
Atualmente, são (eram) atendidos pelo programa Bolsa Família 14,84 milhões de beneficiários, um estudo divulgado pelo Ipea em 2019 apontou que, em 2017, as transferências do programa retiraram 3,4 milhões de pessoas da pobreza extrema e outras 3,2 milhões da pobreza.
O levantamento também indica que, entre 2001 e 2015, o Bolsa Família respondeu por uma redução de 10% da desigualdade no país.
O programa Auxílio Brasil depende da aprovação da PEC dos Precatórios no Congresso Nacional.
“O poder de compra do Bolsa Família hoje seria de R$ 300, só que naquela ocasião a gente tinha 4% de desemprego. Então hoje você tem mais de 20% de desemprego, se somar o desemprego aberto e o oculto, e eles dizem que vão aumentar e vão fazer um programa muito melhor, não vão conseguir nem chegar no valor do Bolsa Família de 2014”, analisa a economista Campello.