Vereador Dr. Elio Ajeka trata sobre o Setembro Amarelo e sua importância na prevenção ao suicídio

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O vereador Dr. Elio Ajeka, na sessão ordinária da quarta-feira (8), discorreu sobre a questão do autoextermínio e os esforços para sua diminuição por intermédio das ações do Setembro Amarelo.
O edil destacou dados estatísticos, segundo os quais a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012, divulgou que “mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos”, e concluiu que “estima-se que no mundo acontece um suicídio a cada 40 segundos”.
Também enfatizou: “Atualmente o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)” e que “em Marília, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados 16 mortes por autolesão em 2021, até agora“, sendo que “no ano passado foram 20, de janeiro a dezembro”, enquanto que os casos de tentativas são subnotificados. Acrescentou que “segundo o Departamento de Informática do Sistema único de Saúde – DataSus, de 1996 a 2019, foram registrados 325 casos de suicídio em Marilia”.
O Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) iniciaram campanha em 2015, ao instituir o dia 10 de Setembro como a data do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, pelo que Dr. Elio Ajeka esclarece que “o principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, buscando alertar a população a respeito da realidade da prática no Brasil e no mundo. Para o Setembro Amarelo, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema”. Emenda, ainda: “Durante todo o mês de setembro, ações são realizadas a fim de sensibilizar a população e os profissionais da área para os sintomas desse problema e para a saúde mental”.
O vereador citou a Dra. Ticiana Paiva ao mencionar os 3 pilares da prevenção ao suicídio: “1) CONSCIENTIZAÇÃO – que é a ligação entre a COMPREENSÃO e a AÇÃO – e que corresponde a compreender a respeito da multifatorialidade, dos fatores de risco, do adoecimento psíquico e como agir nesses casos. Não é somente algo de informar e sim de tocar as pessoas, levar ao nível da consciência e facilitar para que ela se conecte com esse tipo de sofrimento, sem tabus ou julgamentos; 2) COMPETÊNCIA – que se refere ao aumento da aptidão para auxiliar no reconhecimento, gestão e prevenção, ou seja, significa o uso correto das informações para fins de tomada de decisão e resolução de problemas. É a fatia em que profissionais capacitados podem empreender ações de cuidado e prevenção; e 3) DIÁLOGO – que se refere à comunicação efetiva. Não adianta somente falar sobre o suicídio, precisamos conversar a respeito. ESCUTAR E SER OUVIDO. Esse é ponto que merece destaque: promover espaços de diálogo, para livre expressão de como se sente e que a pessoa se sinta realmente ouvida.
O vereador Dr. Elio apresentou o Grupo de Prevenção ao Suicídio de Marília (GPSM), “voluntários que oferecem ajuda para pessoas em sofrimento e risco de suicídio através de atendimento psicológico social, palestras e rodas de conversa em instituições publicas e privadas” e que dão apoio aos sobrevivente enlutados por suicídio (família e amigos), mulheres com depressão e tentantes (pessoas com ideações e tentativas de suicídio); O Centro de Valorização da Vida (CVV), que “conta com voluntários 24 horas por dia, para ouvir pessoas que tem necessidade de serem ouvidas, em contatos feitos pelo telefone 188”; o Caps Conviver (14-3451.4028); o Caps-i (Infantil) Catavento (14-3451.1660); o Caps AD – Álcool e Droga (14-3433.8606); o SAMU (telefone 192); a UPA Norte; o PA Sul; os Pronto-Socorros; e os Hospitais como pontos de referência para apoio e socorro.
“Os índices poderiam ser evitados ou reduzidos de maneira considerável se existissem políticas mais eficazes na prevenção ao suicídio. É preciso entender que a situação envolve uma questão de saúde pública. Infelizmente, muitos não encaram o suicídio assim, mas, antes de verem como um problema de saúde pública, tratam o problema como uma espécie de fraqueza de conduta ou personalidade”, concluiu o Dr. Elio Ajeka.

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